quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1 Ano de Espaço Pônei


Era um quadrado vazio e alvo onde comecei a inserir peças imaginadas e a decorar com várias memórias.
O blog foi tomando formas e recebendo cada dia mais amigos para visitinhas sem compromisso.
Para recepcioná-los eu tive a ajuda de vários personagens e eventos recreativos.

Depois que brinquei de fliperama humano na vida real, onde eu era a bolinha e o rio com suas pedras o jogo, resolvi colocá-lo aqui para diversão de quem participou da história sem se ferir como eu. Para agregar o ambiente interno do Espaço Pônei, mostrei vários vídeos de humor e músicas para interagir com a audição de que quem nos visitava com os olhos.

Como amigo que é amigo divide problemas, relatei meus traumas de infância como o "Tarantino Para Crianças" e os livros lúgubres que fui obrigada a ler. Também expus algumas vergonhas que passei, tipo o caso do "Cadê o Gatinho" (Eu não precisava ter levantado a saia do moço... Mas enfim... Se é para compartilhar, que se compartilhe direito, não é mesmo?!). Aí contei da vez que fui ajudar uma senhora na rua a procurar algo no chão e que na verdade a única coisa que ela havia perdido era a postura (a idosa era corcunda). Talvez foi por sobreviver a casos embaraçosos como estes que acabei ganhando o Oscar das mãos do Bruce Willis.

Em alguns momentos ensinei os amigos a entenderem seus inimigos. Através de um happy hour pândego, Criaturas do Pé e outros órgãos peludos foram revelados em suas mais encaracoladas essências.
Criei produtos ótimos para engrupir estas criaturas do pântano: O Óleo de Lontra e o Mellita. Sucesso absoluto de vendas!

Separei um cômodo para o "Dicionário Kelen Paiva" que era solicitado desde que eu tinha uns 13 anos...
Na questão segurança, ainda me preocupo com este blog. Sua coluna lateral anda fugindo para o final dos posts e para ler suas postagens antigas é necessário ir pelas datas. Será que o Pinto me protegerá como o fez da da última vez que um carro invadiu minha casa?
Talvez eu precise agradar a Rainha Maga para receber mais proteção divina. Não sei se gastei todo o estoque de proteção quando recebi os Assassinos no blog. Aliás, esta experiência me tornou destemida para enfrentar situações tensas no Rio de Janeiro. Chegou a ser divertida uma briga na Porcão Rio's envolvendo nossa turma, Marco Nanini, Dado Dolabela, Gringos diversos e algumas doadoras de órgãos.

Para descansar de tantas peripécias, fui obrigada a dormir no puff do Selton Mello. Foi ótimo e me deu ânimo total para continuar minha vida singela.
Comecei a dar mais valor nas pequenas coisas da vida, como um simples passeio na Kombi do nosso amigo Macarrão. Fiquei mais empreendedora e com algumas parcerias fundamos a PSPS. Também tive meus momentos de brilho e samba, me transformando na Leci Brandão. Fui membro da bateria da escola Acadêmicos do Samba e desfilei na Salgueiro. Viiva o carnaval no Espaço Pônei!

Questionei vários fatos da vida por aqui. Questionei o cativeiro da Dona Mabelina, os Homens Pipoqueiros do Mirante, o Espírito Zombeteiro que levantava meu edredon... E descobri que o inexplicável faz parte da vida depois do contato que os Maçons do Além fizeram comigo em certa madrugada.

Quero agradecer a todos que contribuíram para decorar o Espaço Pônei com peripécias felizes e dizer que exalo dentes toda vez que alguém faz algum elogio.
Agradeço também os leitores que não me conhecem pessoalmente. Muitos deles possuem blogs elaborados, são mega profissionais nas suas áreas e que vem que me visitar no meu humilde blog pessoal. Feliz!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Quem Planta Cói



FarmVille, a Cooperativa e a FarMáfia
No final do mês passado, depois de meses recusando convites para brincar no FarmVille, resolvi interagir com a paradinha.

O início foi bem humilde, na maior vibe Leandro & Leonardo, só que plantando morangos. Quatro horas depois, vendi a colheita e fui plantando e plantando cada vez mais.
Um dia tive acesso a sementes de framboesas que me rendiam frutos ligeiros, porém não me davam experiência alguma por se tratar uma cultura fácil. Graças a um final de semana de muito desgaste nas impressões digitais que consegui capital e a certeza de que planejar era preciso.

De nada me adiantaria tanto esforço se eu ostentasse uma bela fazenda que não me desse lucro. Durante o aniversário de um amigo, me encontrei com um grande produtor e nos pusemos a falar de nossas dificuldades. Minha surpresa foi que sua mulher não sabia desta atividade paralela. A Flávia se irritou e passou a tarefa das compras no supermercado para o marido assim que percebeu sua pseudo ociosidade na internet.

Me senti mal. Sou amiga do casal e sei que os afetou de alguma forma. O Renato parou de evoluir e parece continuar no nível 14.
Me recolhi mais cedo da festa com o intuito de plantar mais e ganhar "coins". Fui retaliada pelos amigos, mas plim!

Segui em frente sem medo do agribisiness. Eu precisava descobrir o que era mais rentável. Pensei em criar uma planilha de Excel, mas achei desnecessário. Com certeza algum fazendeiro já havia criado e eu sou humilde bastante para aceitar idéias e ajuda alheia.
Enquanto procurava informações, eu interagia no Twitter com meus vizinhos de cerca Daniel Keiniti e com a Flávia Egypto. O Twitter, aliás, tem se mostrado uma excelente ferramenta de comunicação entre nossa classe. Foi onde surgiu a Manu Garcia (que lamentavelmente não a conheço pessoalmente) e que se propôs a comprar terras laterais.

Rezei para o Oráculo e ele me deu duas fontes de conselho: FarmVilleBR e o FarmVille@Facebook. Compartilhei imediatamente com os amigos e naquela noite nasceu a Cooperativa FarmVille.

Segurei as pontas e foquei em me tornar a baronesa do Arroz. A partir daí, comecei a ver futuro na lavoura. Era inicio de semana. O arroz me permitiu conciliar trabalho no universo paralelo da R&B e a minha fazendinha do sucesso.

Eu sabia exatamente o que plantar, seu custo benefício, seu tempo de colheita. Tudo perfeito até que veio o primeiro susto. Fiquei sem internet em casa. Foi praticamente uma invasão do MST. Mas Alah me deu óleo de Lontra que me ajudou a escapar do problema com agilidade. Plantação salva.

Dias depois o segundo susto e este com relativo prejuízo. Combinei um happy hour com amigas que não são do ramo. Investi em Blueberries que resultaram em um curto tempo de colheita. Vacilei! Pensei que iria chegar por volta das 22:00 e acabei chegando 01:30. Ainda bem que foram poucos alqueires.

O tempo passou e acabei me tornando a baronesa do Arroz. Eu era uma emergente e os emergentes atraem a cobiça. Vários amigos começaram a interagir com as plantações. Algumas madrugadas atrás fui abordada pelo irmão de um amigo, o Gugu. Perguntou o que eu desejava ter em minhas terras e já foi me falando o que fazer. Eram ordens e que cumpri sem medo algum. Minha obediência me levou até sua namorada e dona da Máfia, a Elisa.

Depois disso, estamos mais coesos, mais generosos, espertos e prósperos. Pertencemos a FarmMáfia! Em breve vocês verão pessoas circulando com uma foicezinha na bochecha esquerda tatuada. Zero de atos ilícitos, apenas nos presenteamos diariamente e não damos bobeira. O Gugu também colhe para amigos que lhe passam suas senhas. É um exemplo esse jovem!

Atualmente exporto uvas para a Concha Y Toro no Chile e forneço leite para a Nestlè, além de ser consultora de agribisiness virtual em Uberlândia. Atendo amigos na hora do almoço e durante a noite para verificar o melhor investimento a fazer. Ontem mesmo atendi a Lavínia durante um Happy Hour e domingo eu colhi e plantei para ela quando ela enfrentou dificuldades em chegar a tempo em sua farm.

Fica aqui meu relato e o slogan da Cooperativa/Farmáfia: Quem Planta Cói!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Goma arábica do Amor


Hoje é um dia especial para o meu ser. Comemora-se a data natalícia do meu amado Pônei Henrique Damião.

Lembro bem do nosso primeiro encontro.
Eu trabalhava na ABC Propaganda e estava bombando com orçamentos para uma campanha gigante. Não aguentava mais viver de luz e esperança trancada na minha sala que era praticamente um aquário. Foi aí que resolvi capturar algum alimento na lanchonete da Algar e me movimentar um pouco.

Apertada de costura, peguei um pacote de rosquinhas Mabel e retornei ao meu posto. Ao passar pela recepção, cordialmente ofereci as iguarias para a Dani, recepcionista. Ao lançar um olhar para a lateral esquerda de meu corpo, lá estava ele! Um filhote de Criativo com um piercing na sobrancelha que aguardava para uma entrevista de emprego. Naquele instante eu soube quer precisaria alimentá-lo. Um instinto maternal que prefiro considerar fraternal.

Ofereci as bolachinhas e ele pegou uma. *Aliás, existe uma divergência sobre a bolacha que participou do nosso conhecimento. Para mim eram rosquinhas e para ele eram bolachas recheadas de chocolate. Plim!

Viiva a interseção! A partir daquele dia nossa união estava selada com goma arábica do amor.

Pônei, amo-te muito! Que você continue sendo esta pessoa fantástica que traz alegria para minha vida. Prótons eternos para seu ser!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Anel Injusto



Neste final de semana rolou Triângulo Music. Estava cansada, reclamante mas acabo indo e vivendo altas peraltagens.

O relato abaixo é meio confuso. Como se tivesse sido um sonho meio sem nexo.

Na sexta, apesar de rir horrores, aparentemente foi mais comedido. Já no sábado...
Começou com a chuva. Não estava grossa, mas eu ainda não tinha me encontrado com o Grau. Aquelas gotículas em minha face me irritavam. Voltei ao normal assim que ganhei uma capa de chuva do meu compadre Salum.

Alah!
Para mim, aquela indumentária era praticamente um vestido Carolina Herrera. Eu estava exalando dentes por usá-la. Me incomodava um pouco a falta de uma fenda, pois era meio tubinho cumprido que não possibilitava passos largos. Segundo meu amado Pônei Damião, eu estava usando um traje RG. Toda plastificada!

Turma reunida, Grau presente... Estávamos ensandecidos, rindo de tudo e criando horrores.

Ao encontrar a Ana Alízia, começamos a falar sobre vôlei... Sobre seu dedo quebrado (o Quinto Metatarso Cadore)... e sem Pirlimpimpim algum, aparece nada mais que ele: Policarpo Quaresma - o escritor! Eu jurava que o nome do osso da mão era Policarpo. Até porque, existem vários ossinhos no região do pulso. Com o auxílio do Grau, eu associei o elemento de composição "poli = que significa muitos" ao nome Carpo e pronto! Policarpo Quaresma estava ali, em nossas mãos!

Seguindo as associações de palavras, vieram Policarpo, poliesportivo e assim, eu e ela começamos a jogar vôlei imaginário bem ali.

A noite e seus encantos seguiu em frente. Voltei a desfilar com meu vestido Hêueeurah modelo RG agora com uma fenda criada pela amiga do vôlei. Não sei qual foi o peso do encanto desta capa. Todos queriam rasgá-la de alguma forma. Agora era a vez do Júlio. Simplesmente a arrancou de mim. Me senti como se ele fosse um obstetra que levara minha placenta. Dr. JP jogou minha multi capa fora! Raios!

Depois do ocorrido, eu me sentia mais magra e com uma vontade de incontrolável de jogar vôlei! Mais uma partida imaginária foi realizada, desta vez no camarote. O que eu não esperava era que eu realmente tivesse emagrecido. Na hora da cortada, meu anel simplesmente voou pelo camarote e caiu atrás da mesa do buffet. Imediatamente e sem combinar nada, eu e Ana demos peixinho e nos jogamos embaixo da mesa em busca do adorno. Achamos o anel injusto ao som dos seguranças tentando nos impedir. Vitória!!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Capoeira e o Muro Chapiscado


Ontem assisti uma matéria no GNT sobre o novo filme brasileiro "Besouro".
O filme foi baseado no livro Feijoada no Paraíso de Marco Carvalho e conta a história do capoeirista baiano chamado Besouro, que era protegido pelos orixás e que tinha o dom de voar.

Hoje em uma reunião na agência, comentei que queria assistir o filme para aprender alguns golpes e durante minha fala, lembrei do meu passado de pouca glória no mundo da capoeira. Na verdade, pouca glória e pouco tempo. Não passou de três dias.

Imbuída do desejo pelo exercício perfeito, percebi várias amigas praticando a arte da capoeira. Todas estavam gostando muito do exercício puxado. Elogiavam o ritmo da aula e se gabavam de seus apelidos recebidos pelos respectivos mestres na hora do batismo.

Resolvi praticar esta arte. Sempre gostei de capoeira, adoro as músicas e as histórias que contavam... Sempre que havia alguma roda eu ia assistir, ainda mais depois que tantos amigos começaram a participar.

Fui super bem recebida pelo meu mestre Lacraia. Ele me falou sobre o ritmo da aula e que era para eu ser persistente, pois muitos desistiam nos primeiros dias. Aceitei o desafio pensando na frase: "Desistir é para os fracos!"

Primeira aula foi cruel. Muito exercício físico até chegar nos quinze minutos de roda que era o que eu queria. Me peguei várias vezes usando a frase dos fracos para me animar. Eu a repetia como mantra durante a corrida de 30 minutos, durante as 114 séries de um exercício que nos fazia pular e nos jogar no chão e nas flexões de braço com quantidade eterna. Quando eu estava quase desistindo das 4 séries de 800 abdominais que meu mestre havia solicitado, comecei a fraquejar. Não queria ser fraca. Fui para casa mentalizando o sucesso do dia seguinte. Afinal era apenas a primeira aula.

Não sei porque, mas eu queria muito o nome de batismo. Só o conseguiria se enfrentasse o sedentarismo ali. Era minha chance!

Segundo dia cheguei lá parecendo um Playmobil. Bracinhos e perninhas duras. minhas lamentações arrancaram gargalhadas e palavras de incentivo do meu querido mestre. Sentindo-me aparada, fui para a segunda aula. Foi mais difícil que a anterior. Bom, era apenas a segunda aula e o mantra ainda faria efeito em algum momento.

Terceira aula. O ácido lático era mais presente em meu corpo do que o maldito mantra que eu repetia mentalmente, já fazendo modificações na frase inicial: "Desistir dos desafios pesados é prudência!"
Ao terminar a aula, eu estava um Playmobil desgovernado. Eu não coordenava meus movimentos. A vibe era boneco de Olinda bêbado e ensandecido com tendência a tentativas de suicídio. As tentativas de suicídios eram pequenos atos que pensei conseguir fazer e que sem controle do meu próprio corpo eu não conseguia realizar, tornando-se perigosos. Descer a escada com três degraus, atravessar a rua e andar em linha reta são alguns exemplos.
Ao sair do galpão, quase caí do segundo degrau por não conseguir dobrar a perna que tremia com fervor.

Tentei seguir em linha reta. O objetivo era chegar a um ponto de ônibus. Ainda bem que eu tinha as paredes como aliadas, pois eu andava arrastando meu tronco por elas para ganhar sustentação. O problema foi no momento que surgiu um muro chapiscado (aquele que os pedreiros lançam cimento através de peneiras formando espinhos agressivos). Eu não consegui desviar. Não tinha forças. Mentalmente pensei em focar todo o resto das minhas forças em uma tentativa de jogar meu corpo para o lado contrário (que era o da rua). Avaliei e constatei que poderia ser fatal. Eu realmente não estava conseguindo coordenar movimento algum. Insisti na linha reta e no muro chapiscado. Naquela altura da aventura, alguns arranhados no braço esquerdo e um pouco de sangue não eram nada perto da dor que eu sentia por todo o corpo.


Com muita sorte e auxílio do meu anjo da guarda, consegui me deslocar 2 quadras. Ao passar na frente do prédio de uma amiga, fui reconhecida pelo porteiro. Alah!!! Sempre que passava por ali eu o cumprimentava feliz e conversava com ele se possível. Como não o fiz, ele percebeu algo estranho e foi ao meu encontro. Riu um pouquinho ao me amparar e me conduzir até o interior da portaria enquanto eu contava minha saga. Me deu água e me ajudou a ligar para minha mãe. Me orientou pedir auxílio a ela. Melhor do que demorar 114 dias até conseguir subir em um ônibus.

Dias depois fui no galpão me despedir do mestre. Apesar do fracasso, consegui que ele me desse um nome, mesmo sem batismo. Branca.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lagartixa Com Obesidade Mórbida


Sempre achei as lagartixas intrigantes.
Seriam pequenos jacarés toupeiras? Uma mutação genética ou uma ausência de evolução que as fizeram permanecerem com hábitos noturnos, anãs e a viver em jardins e paredes de residências?
Será que elas sofrem de fotofobia e não interagem com a luz solar ou se o fazem são atacadas pela lei da cadeia alimentar?


Nestes últimos tenho convivido com uma lagartixa que acredito sofrer de obesidade mórbida. Geralmente ela surge pela parte superior da janela da sala de televisão por volta das 23:00.
Ela ataca algum inseto com destreza e se escondeu em seguida. Eu, até aí, nutri admiração por ela.


A primeira vez que a vi, em um curto espaço de tempo uma série de pensamentos me fagocitou e eu até dei uma identidade para o jacarezinho: Salete! É seu nome! E eu pensava: _Nossa, Salete é ágil. Como ela foi rápida para caçar aquele inseto! E que bom que ela o fez! Evito despesas com inseticidas. Fica bom pra todo mundo, para mim e para Salete!

Nas noites posteriores, comecei a me preocupar com uma possível queda do ser caçador. Ela atacava com um notável dificuldade e seu corpo apresentava um tamanho elaborado. Com a atuação da força g seu corpo sentia uma atração mais íntima pelo chão. E esta força g cresceu durantes as últimas noites. Ontem estava praticamente elevada a décima potência. Suas ventosas não suportariam todo aquele peso.

Comecei a reagir negativamente. Deus me defenda daquele "bicho" cair perto de mim! Cruis! Esta possibilidade começou a retirar o brilho da nossa pseudo relação de protocooperação. Senti nojo!

A sensação era ruim. Resolvi amenizar o que sentia e comecei a pensar como uma bióloga. Comecei a imaginar uma operação de redução de estômago na Salete. Como seria isto? Será que algum biólogo que eu conheço já dissecou alguma lagartixa?! Será que fariam este experimento se eu os deixassem curiosos?! Será que é uma vibe muito Auschwitz?! Comecei a me sentir mal imaginando o pós operatório da Salete e as dificuldades que ela passaria. Melhor não!

Fui dormir. O sono era mais um disfarce que utilizei para abafar meu medo de ter algum tipo de contato com o pequeno réptil do que por vontade de dormir. Só que a tentativa foi falha. Não conseguia dormir. Pensei em fatos variados mas sempre me surpreendia realizando a cirurgia bariátrica na Salete mentalmente. Eu precisava de uma foto dela! Eu precisava compartilhar com meus amigos que aquilo não estava normal. Mais um problema na natureza e a culpa era nossa, da humanidade!

1:46 eu estava de pé, com o celular nas mãos tentando bater uma chapa do bicho. Procurei horrores e nada. Acreditei que ela interagiu com a gula e que foi embora para que em breve capturasse novo banquete em uma janela qualquer. Medo!