segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Caipirinha no Hospital


As gincanas tiveram seu papel recreativo em minha vida. Participei de algumas e as equipe que participei geralmente conseguiam a vitória ou quase isso. Alah!

As melhores eram as que aconteciam em Tupaciguara-MG. Cidade pequena, turma bacana e que faziam o possível para o grupo vencer. Tudo a base de muita cerveja e muito riso.

Uma vez, após várias provas na praça, jogamos o corpo em um butequinho de esquina (o mesmo que coloquei um traque em um cigarro em um post anterior). Comecei a me sentir muito cansada e minha garganta a doer. Peguei a chave do carro do Marcel e fui dar uma descansada. Não sei se foi uma boa idéia ou se foi a melhor! Ali no veículo, minha febre começou a manifestar com violência. Fiquei exausta, sem conseguir me mover. Tentava abrir a porta para solicitar ajuda, mas sem sucesso. Senti muito frio e comecei a emitir sons que eu não estava comandando. Eu queria era gritar socorro, mas não saia nada, só esses sonzinhos fraquinhos. Horrível!

Alah iluminou uma amiga nossa que foi buscar algo na bolsa dela armazenada no carro! A guria me viu, tentou falar comigo e percebeu que eu não estava bem. Eu nesse momento na verdade, percebi só um movimento no carro. Já estava apagada.

Depois disso, só me lembro de frames. Lembro do Marcel entrando no carro e de sons de conversas não identificado. Depois, lembro de estar no colo do Marcel entrando em algum lugar e por fim, de um enfermeira tentando falar comigo enquanto me furava com uma agulha não muito amistosa. Minha febre estava tão alta que isso tudo era delírio. Quase 40 graus.

Apaguei por mais um período e quando abri os olhos novamente, uma visão até engraçada. Estavam sentados na maca ao lado o Xapéu, a Cecília, o Marcel, a Lívia, a Soninha e acho que tinha mais alguém que não me lembro. Todos de copinho na mão, bebendo enquanto me observavam. Teve uma hora em que eles riram horrores, mas eu não conseguia visualizar o que havia acontecido. Depois de fazer muita força para tentar entender o que falavam, descobri que um copo de caipirinha de uma das meninas havia caído e ela solicitava outra para a enfermeira. IMpressionante o grau desse povo!

Depois de recuperar a consciência, consegui sair do hospital e me deixaram na casa da Susan ainda "grogue" de tanto remédio na veia. Acordei no dia seguinte melhor (se bem que já estávamos no dia seguinte). Ótimo, queria muito ir para a praça presenciar as provas da gincana. A fraqueza dominava meu ser. Enquanto todos interagiam com a Skol, eu interagia com o Amoxil e o Voltaren. Raios!

Prova de futebol e chamaram um casal para participar. Não sei quais as exigências, mas sei que só poderiam participar a Susan ou eu. Ela não estava ali na hora, então, imbuída de muita determinação rumo a vitória, tive que ir.

Éramos o segundo casal a apresentar. O primeiro não tinha conseguido marcar pontos. A prova era a seguinte: Me vendaram, me jogaram no meio de um espaço após me rodarem muito e me deixaram só. O Leopoldo, meu par, tinha que me guiar através de um microfone até achar a bola e depois, me orientar para marcar o gol. Me bateu um cansaço enorme ali embaixo daquele sol forte, mas Alah me deu a frieza e um toque de amigo e tive uma ótima idéia. Ao me guiar até a bola, eu a prendi com os pés e depois disso, o Leopoldo só precisou me falar quantos passos (saltitadas) executar para marcar o gol. Perfeito, marquei horrores!

Lógico, as outras equipes me copiaram mas apenas uma conseguiu marcar o mesmo tanto de gol que a gente. Tive que ir para uma disputa com a guria na frente dos juízes. Nos fizeram perguntas e eu acertei mais que a guriazinha e assim, ganhamos a prova. Amo-te vitórias! Arian Power total!

Houveram outras provas marcantes e engraçadas. Essas eram noturnas e regadas a White Horse (whisky era o que tomávamos na época). Teve a prova da caracterização, onde a Lívia entrava na passarela do clube vestida de Tieta do Agreste, puxando bodinhos de verdade (ultra difícil levar esses bichos para o palco). Teve desfile dos mais gatos de cada equipe, usando roupas de banho hahahahahaha Xapéu e Marcel na passarela arrasando e morrendo de vergonha...

Não me lembro se vencemos a gincana ou não. Tem muito tempo isso... Mas foi ótimo apesar da minha enfermidade.

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