terça-feira, 23 de junho de 2009

Pseudo Ex Vivo Felpudo


Sábado rolou casamento de uma amiga e o Minuando compareceu apesar de não ser convidado.

O frio era intenso e o Caminhante ainda não estava fazendo efeito para meu desespero, mas Alah foi bondoso e capturei uma estola emprestada de uma madrinha que não podia entrar na cerimônia interagindo com a peça peluda.

A principio não coloquei muita fé no aquecimento, ainda mais que eu estava trajando um vestidinho esvoaçante e a peça cobria apenas parte da minha caixa torácica. Mas o efeito foi ótimo! A partir do momento, o Minuando não conseguia semear a discórdia com sucesso!

Após a percepção do calor, fiz amizade com o Pseudo Ex Vivo Felpudo (bom, acredito que ele era sintético). Uma simpatia! Praticamente uma raposinha agradável me acalentando. Ele me contou que quando era moda ir a festas mostrando sua cabecinha, que ele abrigava muita chave de carro, maço de cigarros, lança perfume, chiclete e até absorventes femininos... Tudo na boca. Era uma loucura! Atualmente com órgãos que lutam pela defesa dos animais, é impraticável a presença da cabeça em eventos. Foram tempos ensandecidos, relatou.

No auge da reunião de amigos em alguns bistrôs externos da festa, eu comecei a agir igual a um gatinho, arranhando a garganta e cuspindo pêlos. De acordo com a cor, bastava eu olhar para o lado e identificar de qual convidada o detrito pertencia. Era meu novo amigo querendo ser íntimo. E foi!

Depois de algum tempo caminhando e de sua dona aparecer, eu o devolvi agradecida pela convivência agradável que tivemos. Adeus, minha raposinha amiga...

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