quarta-feira, 25 de março de 2009

Descobriremos Dia 12 de Abril


Época de Triângulo Music. Eu e o Pio (Gustavo) estávamos exaustos com os últimos preparativos do evento. Saímos por volta das 19:48 da R&B e jogamos nossos corpos no Pimenta (bar) pra dar uma quebrada. Bebemos nossas cervejinhas, ingerimos ex-vivos e por volta da meia noite fomos embora.

Exalando dentes, continuamos focados em algumas amenidades durante o percurso. O assunto estava ótimo, suave até que eu avistei bem próximo do capô do veículo, orelhas grandes e peludas, de tom cinza. O pêlo aparentava ser espesso e sujo. Foi tudo muito rápido. Processei estas informações e em seguida um baque no veículo. Eles se chocaram. Senti o carro dar uma balançada. Parecia que o Pálio do Pio havia acertado aquele corpo lateralmente. Pelo impacto, percebi que o animal era grande e pesado.

Neste mesmo instante, eu e o Pio nos olhamos com olhos arregalados. Ele perguntou pra mim se eu tinha visto o mesmo que ele viu. Respondi que sim. Para garantir, ainda detalhei a própria pergunta dele. Perguntei se era um coelho grande, dotado de força e orelhudo. Resposta afirmativa. Ele parou o carro enquanto eu já estava com a cabeça pra fora da janela tentando achar algum vestígio da batida.

O Pio deu ré no carro. Começamos a questionar rapidamente o que mais poderia ter nos acontecidos além da alternativa absurda. Buraco?! Não, não foi. Verificamos ao dar ré. Um cachorro?! Só se fosse um Dog Alemão lotado de músculos e com as orelhas geneticamente alteradas. Zero de corpo no asfalto. Ao terminar a ré, verificamos se havia algum tipo de movimento no terreno da esquina, onde abriga outdoors. Nada.

Sugeri uma volta no quarteirão. Demos, no gás, para evitar perder qualquer instante de fuga do ser não identificado. Bom, não tão “não identificado” porque tanto eu como meu amigo o identificamos como sendo um coelho. Se um policial nos pedisse para fazer um retrato falado, com certeza seria semelhante. Um enorme coelho gordo, alto para sua espécie e com pelagem grosseira. Desci do carro para ver se tinha amassado. Nada no pára-choque de plástico do Pálio. Tava meio tortinho, mas acho que já estava assim antes.

Ultra estranho. Não estávamos alcoolizados. Sempre bebemos quantidades semelhantes e não sofremos alterações mentais por isso. Também estávamos alimentados, não foi fome. Não usamos drogas, não lambemos a mesa de madeira do bar com o propósito de absorver substâncias alucinógenas do verniz. Não fizemos nada fora do normal.

Fomos para casa muito lentamente, questionando o acontecimento. Para você imaginar o que sentimos, pense em presenciar um disco voador pairando na sua frente fazendo movimentos ensandecidos e sem lógicas. Algo admirável e inacreditável. Foi o que vivemos ali naquela noite.
Sempre reflito sobre o fato, mas hoje me veio um questionamento maior. Será que atropelamos o Coelhinho da Páscoa?????? Dia 12 de abril descobriremos.

OBS: A foto é ilustrativa. A aparência do animal que vimos possuia um teor bem lúgubre.
* foto referência retirada do G1

Um comentário:

  1. Daniela Oliveira Vilela31 de março de 2010 às 11:22

    Kelen... óh, se o coelhinho da Páscoa não passar lá em casa esse ano a culpa é sua e do seu amigo kkkkkkk...
    racheeeei de rir!

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