sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Cabeça na Grade

* Foto ilustrativa. A grade era muito mais robusta e não haiva velas.

Copa do Mundo de 2002. Sediada no Japão, os horários dos jogos para assistí-los no Brasil eram durante a madrugada.
Arrumamos um lugar super bacana para assistirmos os jogos. Uma loja (Patrícia Komel era o nome) e que tinha um bar dentro. Super legal.
Para garantirmos nossos lugares bem na frente do telão, jogávamos nossos corpos lá bem mais cedo. Como somos bons de copos, tranquilo. Em alguns jogos, começávamos praticamente no Happy Hour e terminavamos no café da manhã, antes de ir para o trabalho. O trio permanente era eu, Xapéu e Dani Naves. O resto dos integrantes eram rotativos.

Sempre nos divertíamos horrores! Acontecia muita coisa engraçada nesse bar. O melhor caso que me lembro, foi o da grade.
No fundo do bar tinha uma grade que era uma divisão de uma salinha. Como esse barzinho fez sucesso, vivia lotado e resolveram colocar mesas atrás desta grade. A visão de quem ficava ali era prejudicada, mas ainda assim o pessoal assistia aos jogos felizes por ali mesmo.

O problema ocorreu quando seres pulhas se sentaram em uma mesa logo depois da grade. Eles simplesmente ignoravam que havia outras pessoas tentando enxergar algo ali atrás. Agiam como se a tal grade fosse uma parede. Primeiro tempo e começou a rolar bate boca por volta dos 21 minutos. Depois de se levantarem e trocarem palavras felpudas, o grupo da frente se sentava e assim permaneciam por mais algum tempo. Ao 33 minutos um cara se levanta para ir ao banheiro. Surgem alguns palavrões comedidos, que se estenderam pelo bar todo desta vez. Minha mesa não precisou de manifesto agressivo, já que tinha a melhor localização e ninguém nos incomodava. Acréscimos do primeiro tempo, 46 minutos e o povo da mesa dos pulhas já começam a se movimentarem como se já tivesse acabado o jogo. Pessoal da mesa de trás se levanta ferozmente e começa novo bate boca. Nasce as representantes oficiais das mesas. A de trás era uma mulher morena, cabelos um pouco abaixo dos ombros. A da frente era uma pseudo loira, cabelos cumpridos e com "ar" de vicking, mais marombadinha. Inicio do segundo tempo. O consumo de álcool já havia sido considerável. O tanque de urina esvaziados e todos no bar se sentiam bêbados e leves, prontos para continuar bebendo o mundo e torcendo pelo Brasil! Aos 14 minutos a Vicking se levanta para um colega sair da mesa e permanece em pé. A representante da mesa de trás, se manifesta. A Vicking continua em pé e gera um surto de ódio na Morena, que se levanta e pega pelos cabelos da pseuda loira pela grade e realiza vários movimentos simétricos da cabeça da vítima contra o metal. HAHAHAHAHAHA Ficamos chocados.... Praticamente mudamos nosso foco para o fundão do bar. Por instantes, ninguém fez nada para separar a briga. Todos chocados. Quando tentaram deter a moça morena, houve muita dificuldade. Foi muito divertido, até separarem as duas, pois aí, ficou um tumulto e começou a atrapalhar meu jogo. Cada uma sentou no seu lugar novamente. Os amigos da Vicking ficaram vigiando para que ela não se levantasse nunca mais. Deu certo.

Fui duas vezes vitoriosa! Com o Brasil e com a Morena, pois eu torci pra ela o tempo todo, já que era a certa desde o início. Atitude ela! Todos da mesa dela reclamavam e não faziam nada... Uns cótos! Ela foi lá e fez!

Muito feliz nossa noite! Tomamos café da manhã e fomos cada um para seu trabalho.

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