segunda-feira, 30 de março de 2009

A Verdade sobre Reuniões (pela Sobrancelha do Dr. Albieri)


Hoje eu e o Marcel fomos visitar um cliente. Enquanto aguardávamos na recepção, percebi um fio de sobrancelha espetado e cumprido no meu amigo. O fato me incomodou.

Primeiramente, tentei conter sua rebeldia, mas em vão. Depois, parti para algo mais violento. Agi como uma pinça cega e três tentativas frustradas de arrancá-la me fez desejar ter uma escovinha umedecida em gel para arar todo o inconveniente. Comecei a encontrar outros pêlos estranhamente conectados ali, e agora, já não era mais um fio rebarbativo e sim um ser vivo: A Sobrancelha do Dr. Albieri.

Alah que eu estava com meu amigo! Pude compartilhar o personagem e também a vontade de rir muito pelo fato ocorrido. Logo depois, nossa cliente nos chamou para a reunião. Uma reunião rápida, objetiva e bastante construtiva. Adoro este tipo de encontros. São extremamente raros e vai muito da personalidade dos participantes.

A maioria das reuniões são infinitas, daquelas que você tenta tratar com objetividade os temas pautados, mas que o resto dos participantes fazem questão de te sabotar. Sinto falta de ar em eventos como este, onde o tempo é desprezado e tratado como algo sem importância. Parece uma festinha forçada. Parece que estamos ali para brincar, ou então que estamos ali por castigo. Passa a impressão de que nunca mais sairemos daquela sala cheia de pessoas atoas, que não tem mais nada para fazer na vida a não ser aquela reunião ali.

Muitas vezes também, são pessoas cotós, sem iniciativa e egoístas, não permitindo que nós usemos nossos pulsos e definamos os pontos a discutir. Deus me defenda OU! Isso é puro pé peludo!

Mas a Sobrancelha do Dr. Albieri estava ali para me informar cientificamente de que as pessoas que se comportam com alegria ao participarem efetivamente de reuniões desse nipe, são criaturas carentes. Humanos que realmente fazem questão de estarem ali, naquela sala com você e talvez com mais outros seres com a mesma intenção de abraçar a falta de objetividade. Todos tentando te fagocitar.

Se tiver uma apresentação então... É um verdadeiro show! Bravo! Ou talvez, estarão ali em busca de um afago do cafezinho e do acalento de um pãozinho de queijo gentilmente servido já prevendo a extensão da reunião.

Sim, guloseimas em reuniões causam um primeiro impacto positivo. “Nossa, que delícia! E eu estou morrendo de fome, não deu tempo de comer nada antes de vir, que bom”! Ledo engano. Não se deixe enganar! São artimanhas que os cotôcos usam para te prender, já que não possuem pulsos e muito menos mãos. Nada será definido. Você perderá seu precioso tempo naquela tarde. Nada será resolvido! E se um dia você conseguir se deslocar daquela sala, você precisará correr com várias pendências e talvez seja prejudicado com algum detalhezinho em alguma planilha, que você não se lembrou devido à correria. Tudo por causa daquela reunião idiota e sem fim.

A Sobrancelha do Dr. Albieri nadava na razão. Com seu olhar crítico me informou que tudo isso não passa de carência. Vivemos em um mundo sombrio e nem sempre as pessoas são legais e possuem amigos para sentar em um butequinho sem compromisso pra dar uma quebrada. Ainda bem que eu os tenho!

Obrigada amigos por existirem. Obrigada Sobrancelha do Dr. Albieri, por me mostrar a verdade e me lembrar de que devo tomar cuidado para não me tornar uma pessoa frágil, faminta e com tempo para desperdiçar em busca de reuniões infindáveis.

domingo, 29 de março de 2009

Feng Shui no Lala Lar

Quando a Lavínia se mudou para seu novo apartamento, comecei a chamá-lo de Lala Lar. Às vezes jogávamos nossos corpinhos lá para beber e descontrair.

Uma vez, fomos Eu, Pio, Carola e Lívia para o Lala Lar. Ficamos por lá, dividindo a sacadinha com a vodka. Quando estávamos quase indo embora, o Xapéu ligou avisando que estava a caminho. Acabamos pedindo mais bebida para gente. Não seria justo ele chegar e não ter companhia para beber.

Pouco depois, a Lívia e a Carola foram embora. A Lala, apesar do sono e da prova na faculdade do dia seguinte, enfrentou bravamente mais alguns minutos. Por fim, se entregou ao Grau e ao Morpheu e nos deixou lá, com a missão de fechar a sacada e deixar a chave em lugar visível e seguro no momento de nossa fuga.

Plim, zero de desconfiômetro. Afinal, estávamos em casa. O Lala Lar era como sua dona, possuia um coração imenso, praticamente sofria com a doença de Chagas em estado avançado. Coração Gigante! Logo, permanecemos, sem compromisso. Já era umas três e algo da madrugada quando o Xapéu teve a brilhante idéia de fazer um Feng Shui no local. Eu e o Pio concordamos imediatamente. Claro! Super a favor de ajudar a circulação dos prótons do ambiente!

Eu e o Xapéu ficamos com a sala de jantar e sala e o Pio cuidou das releituras das fotos que estavam expostas nos porta retratos.

Praticamente trocamos os ambientes de lugar. Construímos novos móveis, feitos com revistas e almofadas e remodelamos as cadeiras e sofá. Eu dei um jeito em qualquer objeto que estava acima da minha cabeça. Como eu era a menor da turma presente, me considerei referência para isso. Desci tudo! Qualquer bibelozinho, enfeitezinho e até quadro, foi transferido para locais abaixo do meu campo de visão. Super ajudou a circular a energia.

As releituras das fotos ficaram ótimas! Faltou fôlego para rir mais ainda do tanto que o Pio pegou o espírito das fotos com a técnica “Bic em Folhas Pautadas”. O avô da Lavínia era praticamente sósia do Mun Ra. A Lívia, foi retratada como a Viking que é (Loira peituda com longos cabelos e alourados), a Lala recebeu ênfase como “Irmã de Cabelo do Hurley” (adoro chamá-la assim e fiz até emoticon para este tema), com muitos caracóis em cima de sua cabeça. O resto da família também recebeu traços distintos, assim como suas características na vida real.

Para finalizar a boa ação, fizemos um mini Feng Shui no caderno dela também. Afinal, teria prova logo depois do almoço e eu sabia que ela não estudara nada. Pois bem, deixei vários “toques de amiga” como profissional da publicidade que sou. Sei que muitas vezes, a prática possui mais lipídeos que a teoria e deixei orientações básicas durante as dez matérias do seu Tilibra. Xapéu seguiu uma linha mais objetiva, deixando apenas recadinhos sem sentidos. O Pio deixou mensagens de luz e esperança. Achou que complementaria o serviço.

Foi isso. Já era 07h30min da manhã quando partimos. Fomos para a padaria tomar café da manhã e em seguida para nossos lares.

Por volta das 11 da manhã, recebi uma ligação irada e desconexa da Lavínia. Fui a única que atendeu ao seu chamado matinal. Queria saber onde ela estava. Afirmou ter levado um susto Gulliver ao acordar. Chegou a ficar sem ar e a procurar referências do local em que estava. Não sabia se tinha dormido na casa de alguém ou se estava ficando louca na presença da namorada do Grau, que lhe dava petelecos na sua testa rebarbativamente. Uma judiação! Calmamente, lhe expliquei tudo, com requintes de detalhes. Contei sobre os prótons, que agora fluíam a uma velocidade impressionante pelo seu habitat e informei que ela deveria aproveitá-los. Ainda deitada eu disse: _Um Feng Shui sem compromisso, Lala! Sua casa precisava disso! Ficou ótimo, não achou?!

Um misto de fúria e risos invadia meu ouvido direito. Acho que ela precisava naquele instante de um GPS, pois estava perdida. Não sabia onde estava e nem o que sentia. Também seria interessante que ela ingerisse quatro Neosaldinas.

Pena que não temos fotos do antes e depois. Este ato de amor teve um vasto impacto em nossas vidas.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O Que Rola Hoje?

Um amigo me perguntou logo pela manhã, o que rola fazer nesta noite de sexta. Disse que está disposto a "tomar uma".
Como estou em horário comercial, recebi os dados como um briefing.
Segue então o brainstorm:

- Jogar o corpo em um bar com amigos.
- Jogar o corpo em um bar, sozinho. Um bar que tenha TV, de modo que ele possa revezar o olhar com o celular.
- Comprar cerveja e ficar em casa vendo a Anusha dançar para sua família. *Não sei como aquele indianos conseguem isso sem beber nada... IMpressionante!
- Ir para um posto de gasolina e beber lá mesmo, ao som das variadas músicas que os púberes escutam com volume elevado.
- Comprar a bebida e ficar em casa Twittando, informando seus amigos de suas reações a cada gole ingerido.
- Beber um bom livro e ler uma garrafa de whisky.
- Se fantasiar de Heleninha Roitman, ir para um boate e começar a dançar mambo, bebendo e procurando o Ivan.
- Ir para a Avenida João Naves, xingar os travestis e “tomar uma” na cara...

Enfim, vamos ver o que ele escolhe.

*O vídeo fica bom aos 1'50"


quarta-feira, 25 de março de 2009

Descobriremos Dia 12 de Abril


Época de Triângulo Music. Eu e o Pio (Gustavo) estávamos exaustos com os últimos preparativos do evento. Saímos por volta das 19:48 da R&B e jogamos nossos corpos no Pimenta (bar) pra dar uma quebrada. Bebemos nossas cervejinhas, ingerimos ex-vivos e por volta da meia noite fomos embora.

Exalando dentes, continuamos focados em algumas amenidades durante o percurso. O assunto estava ótimo, suave até que eu avistei bem próximo do capô do veículo, orelhas grandes e peludas, de tom cinza. O pêlo aparentava ser espesso e sujo. Foi tudo muito rápido. Processei estas informações e em seguida um baque no veículo. Eles se chocaram. Senti o carro dar uma balançada. Parecia que o Pálio do Pio havia acertado aquele corpo lateralmente. Pelo impacto, percebi que o animal era grande e pesado.

Neste mesmo instante, eu e o Pio nos olhamos com olhos arregalados. Ele perguntou pra mim se eu tinha visto o mesmo que ele viu. Respondi que sim. Para garantir, ainda detalhei a própria pergunta dele. Perguntei se era um coelho grande, dotado de força e orelhudo. Resposta afirmativa. Ele parou o carro enquanto eu já estava com a cabeça pra fora da janela tentando achar algum vestígio da batida.

O Pio deu ré no carro. Começamos a questionar rapidamente o que mais poderia ter nos acontecidos além da alternativa absurda. Buraco?! Não, não foi. Verificamos ao dar ré. Um cachorro?! Só se fosse um Dog Alemão lotado de músculos e com as orelhas geneticamente alteradas. Zero de corpo no asfalto. Ao terminar a ré, verificamos se havia algum tipo de movimento no terreno da esquina, onde abriga outdoors. Nada.

Sugeri uma volta no quarteirão. Demos, no gás, para evitar perder qualquer instante de fuga do ser não identificado. Bom, não tão “não identificado” porque tanto eu como meu amigo o identificamos como sendo um coelho. Se um policial nos pedisse para fazer um retrato falado, com certeza seria semelhante. Um enorme coelho gordo, alto para sua espécie e com pelagem grosseira. Desci do carro para ver se tinha amassado. Nada no pára-choque de plástico do Pálio. Tava meio tortinho, mas acho que já estava assim antes.

Ultra estranho. Não estávamos alcoolizados. Sempre bebemos quantidades semelhantes e não sofremos alterações mentais por isso. Também estávamos alimentados, não foi fome. Não usamos drogas, não lambemos a mesa de madeira do bar com o propósito de absorver substâncias alucinógenas do verniz. Não fizemos nada fora do normal.

Fomos para casa muito lentamente, questionando o acontecimento. Para você imaginar o que sentimos, pense em presenciar um disco voador pairando na sua frente fazendo movimentos ensandecidos e sem lógicas. Algo admirável e inacreditável. Foi o que vivemos ali naquela noite.
Sempre reflito sobre o fato, mas hoje me veio um questionamento maior. Será que atropelamos o Coelhinho da Páscoa?????? Dia 12 de abril descobriremos.

OBS: A foto é ilustrativa. A aparência do animal que vimos possuia um teor bem lúgubre.
* foto referência retirada do G1

terça-feira, 24 de março de 2009

Herbert Viana, Faça a Barba



A mesma galerinha que saía em busca de um aperto de mão dos presidenciáveis, era a que freqüentava os shows no Uberlândia Tênis Clube. Aliás, esse lance de interagir com os famosos surgiu daí.

Antigamente,
Uberlândia era mega badalada. Sempre havia um show bacana pra gente jogar o corpo. Todos eram realizados no UTC. Ás vezes ocorria até dois shows no mesmo mês.

Nosso pique era IMpressionante. Saíamos da
escola (Museu), íamos direto para o inglês, depois para a casa dos avós da Daniela Sabbag (onde deixávamos nossos cadernos) e só então íamos para o show. No final da noite, minha mãe capturava a gente e deixava meus coleguinhas em casa.

Foi muita diversão. O primeiro show que eu fui foi o do
RPM. Esse, até minha mãe foi. Ela tinha que averiguar se rolava eu ir sozinha futuramente. Depois, vieram vários outros, como Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Guilherme Arantes, Roupa Nova, Rita Lee, Camisa de Vênus, Lobão, Ira, Barão Vermelho etc... Não rolava preconceito com estilo das bandas e geralmente marcávamos presença em todos, sem compromisso.

Com o passar dos shows, começamos a querer interagir com as bandas. Teve uma vez que estávamos na aula particular de matemática da 8ª série (1988), que fazíamos com o irmão de uma amiga (Sharon). Eles moravam no centro da cidade e ficava perto do
Hotel Presidente (hotel abrigante das bandas). O show tinha sido no dia anterior à noite e pelo horário, os Paralamas já deveriam se preparar para deixar o local.

Foi quando tivemos a iniciativa de ir para lá. Ao chegarmos, havia uma boa quantidade de fãs na porta. Desanimei. Não me sentia uma tiete. Queria apenas trocar idéias com os caras, de boa e sem compromisso. A Daniela era totalmente atitude! Mandou a gente segui-la. Passamos por todos que estava na porta e ao chegar nos seguranças, ela informou que estávamos juntas e que eles estavam nos esperando. Os caras deixaram a gente entrar! Atitude e postura são tudo!

Entramos e já fomos cumprimentando o
João Fera que já estava no saguão. Começamos a conversar e logo em seguida chegou o Bi Ribeiro para se juntar ao papo. Chegaram então o Herbert e o João Barone, que achou melhor nos sentarmos na recepção. Antes disso, Herbert me deu beijinho no rosto. Lembro do arranhar de sua barba... HAHAHAHAHA, é sério! Super rolava uma ação da Mach 3 Turbo em sua face pra dar uma quebrada.

Sentamos. A Ana Paula tinha um irmão músico e sempre tinha informações sobre o assunto. Resolveu aprofundar na interação e não foi bacana. Comentou com o Herbert que fomos ao show do Legião na semana passada e que achava que o
Dado Villa Lobos não tocava bem. O Herbert, teve um espasmo facial e jogou na roda que foi ele quem o ensinou a tocar. Tive um ataque de riso interno! Perguntei amenidades do cotidiano deles. Acho que ser íntima de alguém é bem por aí... Saber detalhes sobre o cotidiano. Herbert me contou que tinha ido visitar a Rosa, filha do Arnaldo Antunes. Afirmou que ela era uma gracinha e que todos estavam muito felizes com o nascimento. Apreciei muito o fato, sempre com cara de amiga... Depois de muita prosa, acompanhamos os quatro até o ônibus, nos abraçamos calorosamente e voltamos a nossa vidinha.

Oito dias depois, estávamos nós no show dos Titãs! Descobri que eles iriam embora logo depois do show, logo, não haveria oportunidade de saguão de hotel. Melhor irmos para o ônibus tentar o contato.

Chegando lá, vimos os integrantes entrarem no veículo escoltados por seguranças. Todo mundo gritava por eles. Tinha um rebarbativo do meu lado que gritava o nome de cada um deles sem parar, em looping. Um saco!

Foi aí que me lembrei de ser íntima. Gritei: _Arnaldo, Herbert me contou da Rosa! Parabéns! Imediatamente ele abriu a janela do ônibus, esticou sua mão e me segurou com robustez! Cool! Mantive a linha íntima: _Então, o Herbert esteve aqui semana passada e me contou que esteve com vocês. Disse que a Rosa é linda! Ele respondeu: _Ah, é?! _Os meninos estiveram aqui também?! _Não sabia que viriam. _Nossa, Herbert levou um presentinho lindo para ela. _Ela é linda mesmo, você precisa vê-la. Pegando o gancho, Ana Paula fez alguns questionamentos musicais e o resto das meninas fizeram apenas o contato manual. Ele se despediu de nós e foram.

O melhor foi a reação do pessoal gritante que tentava fagocitar o ônibus. Todos se viraram para mim, com rostos questionadores "_Quem é essa menina"?!

Pena que não tem mais eventos como esses com tanta freqüência como antes... Lamentável. Beijo a todos das bandas, lembrança respeitosa aos que já morreram e um beijo especial para o Herbert, Arnaldo e Rosa! Saudaaaaaaaaadeeeeeeeeeee!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ternura de Fome

Olha que ternura esse VT holandês de bolacha (pseudo Toda Hora).
A fome é super bonitinha! O melhor é ela pescando no aquário hahahahahaha.



* Achei no blog Bombou na Web: http://colunas.epoca.globo.com/bombounaweb/

Nerd Night


Foi um sucesso a primeira Nerd Night.
Realizada na casa do querido Henrique Damião, contou com a presença de vários ícones “geeks” da região do Triângulo Mineiro.


Além do Rock Band 2 revelar várias estrelas da música, houve ainda debates sobre tecnologia e publicidade.

No camarote suspenso do evento, o Espaço Pônei foi a centelha para vários assuntos abordados. Os mais envolventes foram casos sobre o Japão e acontecimentos em uma centenária fazenda do município Prata. Todos se espantaram com as peculiaridades dos fatos.

Já na Área Gourmet, a Itália foi escolhida como tema da noite e não faltaram deliciosas pizzas, alimento preferido dos geeks. A bebida predominante foi o Whisky e foi ele que ajudou os convidados a enfrentarem o desafio dos palcos até a chegada do Crepúsculo matutino.